ANÁLISE: The Legend of Zelda Echoes of Wisdom
DIGPLAY
9/25/2024
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é o retorno dos jogos inéditos '2D' de visão isométrica da franquia, reutilizando o mesmo motor gráfico e estilo artistíco de The Legend of Zelda: Link's Awakening, remake para Nintendo Switch do jogo original de Game Boy.
Nesse jogo pela primeira vez na história da série ( vamos combinar de não levar em conta os jogos lançados para o CD-i? ) a protagonista é quem dá o nome ao jogo: Zelda.
DADOS GERAIS
Data de lançamento: 26/09/2024
Espaço: 5,6 GB
Preço: R$ 299 (digital)
Idioma: Português brasileiro
Uma vez com Link fora de cena, cabe a Zelda recorrer a sua sabedoria e com a ajuda de Tri, um ser misterioso e mágico, superar todos os desafios e salvar o reino de Hyrule.
Com isso, o jogador de forma inédita irá experimentar como é jogar na pele de uma sacerdotisa, não mais um espadachim como de costume.
HISTÓRIA
Fendas misteriosas começaram a aparecer no reino de Hyrule, sugando locais e pessoas que estivessem em seu caminho. Zelda foi raptada por um vilão que supostamente era o responsável pela abertura das fendas. Link foi até o local em que Zelda estava aprisionada para salvá-la e por fim nas fendas que assolavam o reino de Hyrule.
Porém, ao derrotar o inimigo, uma nova fenda se abriu e sugou Link para dentro dela. Zelda consegue escapar e vai até ao castelo de Hyrule contar ao seu pai, o Rei, todo o ocorrido, quando uma nova fenda se abre e leva o Rei com ela.
Sombras que saíram das fendas criaram um Rei impostor, culpabilizando Zelda de todo o ocorrido até então. Os guardas de Hyrule prendem Zelda no calabouço do castelo e aqui entra em cena Tri, um ser misterioso e mágico que concede a Zelda o poder de criar Ecos, cópias de objetos e criaturas existentes em Hyrule. Zelda então parte em uma jornada para salvar seu pai, Link e todo o reino de Hyrule.
GAMEPLAY
Toda a jogabilidade do jogo é baseada nos ECOS, invocações que Zelda pode fazer de objetos e criaturas do reino de Hyrule. Esse poder é limitado de acordo com a quantidade de triângulos que Tri tem em sua calda, que vão aumentando no decorrer do jogo.
Isso significa que toda a mobilidade, desafios de plataformas e quebra-cabeças que a Zelda vai encontrar em sua jornada depende dos ecos já capturados, assim como nas batalhas de acordo com as criaturas que você já copiou. Na maioria das vezes, o seu desempenho depende do seu raciocínio referente aos seus ecos e como você irá usá-los.
Além dos ecos, Tri concede a Zelda a possibilidade de imobilizar e movimentar criaturas e objetos, assim como 'clonar' seus movimentos. Essa é uma forma de, por exemplo, flutuar junto com plataformas ou escalar paredes copiando os movimentos de uma aranha.
Zelda também ganha a habilidade de se transformar em uma espadachim por um curto período de tempo, a tornando hábil em utilizar as armas de Link para batalhar ou passar de alguns desafios.
Além das habilidades que Tri concede a Zelda, existem alguns itens com que a princesa pode contar para facilitar a sua aventura. As tradicionais poções de energia e vida estão de volta, assim como potes e fadas. De novidades temos o quiosque dos sucos, onde Zelda pode criar sucos misturando ingredientes que coletamos na aventura, concedendo efeitos de cura, resistência a elementos e mais.
Zelda também conta com uma gama de acessórios que habilitam alguns status ou habilidades, como um anel que faz pular mais alto ou uma luva que aumenta a chance de achar pedaços de energia.
O jogo também disponibiliza uma gama de roupinhas que além de mudar a aparência da Zelda, concede habilidades passivas e ativas. A maioria delas estão como opcional no jogo, tendo que superar alguns desafios ou completar missões secundárias para encontrá-las.
Conhecido em Zelda Ocarina of Time, Dampé está de volta a esse jogo mas como um inventor de automátos, criaturas mecânicas que executam algumas funções, desde ataques a inimigos até facilidade de movimentação.
Os calabouços (ou dungeons para os mais nostálgicos) estão de volta no jogo e com maestria. Todos são muito bem implementadas no estilo clássico de baús, mapa, itens e com o adicional de utilizar dos ecos para completar quebra-cabeças e derrotar inimigos. Falando em inimigos, os sub chefes e chefões são extremamente bem feitos e divertidos de duelar.
Uma qualidade de vida adicionada foi o acesso rápido (checkpoints) em algumas salas, economizando tempo de ter que andar de uma ponta a outra do mapa após conseguir uma chave ou eco que concede acesso a uma sala previamente acessada.
O mundo inerte também é um destaque do jogo. Nele, as coisas funcionam de forma completamente diferentes. Você irá encontrar plataformas flutuantes de ponta-cabeça, blocos de água, inimigos sombrios e desafios que te faz pensar em como usar os ecos de formas diferentes.
CONTEÚDO
O jogo é rico em conteúdo referente a colecionáveis, itens escondidos, desafios e missões secundárias. Falando das missões secundárias, elas são um ponto alto do jogo, vide que recursos importantes, como a montaria, são desbloqueados nelas. Como são secundárias, elas não são obrigatória de completar para finalizar o jogo, porém cada missão secundária tem seu peso e importância, seja na historinha que conta, item que concede ou revelações que você tem no caminho para concluí-las. Vale a pena fazer porque não são repetitivas e são muito gostosas de completar.
Além das tradicionais partes de coração, o jogo tem outros colecionáveis como o poderídio, item responsável por melhorias nas armas do Link que Zelda pode utilizar. A cada melhoria, o poder das armas aumentam e também o tempo que Zelda pode ficar na forma Espadachim.
Em formato de colecionismo, o jogo introduz um esquema de 'caça aos carimbos', onde um personagem secundário dá a Zelda uma folha de carimbos para carimbar em diversos pontos do mapa.
O mapa do jogo é grande e divido por áreas já conhecidas na franquia, mas com modificações que os torna bem originais. Não é gigantesco, mas grande o suficiente para ser bem atrativo e com diversos pontos de interesse, que instigam o jogador a explorar cada cantinho.
Levamos cerca de 15 horas para finalizar a campanha principal sem coletar tudo ou fazer todas as missões secundárias. Estimamos que leve mais cerca de 10h para completar o jogo inteiro.
GRÁFICOS, PERFORMANCE E TRILHA SONORA
Artisticamente e visualmente o jogo é lindo. As diferenças de cada cidade, passando por áreas de verde intenso, deserto, geleiras, lagos e até mesmo no mundo inerte, o jogo encanta e deixa o jogador bem envolvido em cada ambiente.
Falando de resolução, o jogo roda bem nos modos dock e portátil. Já falando de performance, aqui é o calcanhar de Aquiles de Zelda Echoes of Wisdom. O jogo sofre de queda de quadros constantemente, principalmente em áreas abertas do mapa. Essas quedas não atrapalham em momentos chaves do jogo, como em masmorras ou lutas contra chefes, mas como ocorrem o tempo todo em área externa, incomoda e pode irritar o jogador.
Quanto a trilha sonora, ela é digna de todo jogo da franquia. O tema principal do jogo gruda na cabeça de forma positiva, assim como a música da área dos Zoras fluviais é divina. Porém, encontramos uma falha de design de áudio que pode irritar jogadores mais exigentes: A música quando a Zelda vira espadachim é a mesma do tema principal, mas remixada. Com isso, a gente acaba escutando a mesma música diversas vezes o tempo todo. Além disso, o tema do mundo inerte não agrada, tendo uns acordes e timbres que irritam com o tempo.
LOCALIZAÇÃO
A essa altura você já deve saber que o jogo está em nosso idioma português brasileiro. O que podemos adicionar é que a localização está impecável. Alguns inimigos receberam novos nomes baseados na realidade da nossa língua, além da adição de trocadilhos e expressões bem específicas que costumamos falar no dia-a-dia.
Um exemplo são as criaturas chamados Cuccos, que são as galinhas/galos do jogo. Em português elas se chamam 'Coricós', fazendo alusão ao som característico 'cocoricó' que geralmente imitamos quando o galo canta pela manhã.
CONCLUSÃO
Com uma variedade incrível de ecos para capturar e utilizar de diversas maneiras e aliado ao excelente level design dos locais, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom mostra como uma mudança drástica no método de gameplay pode ser bem vinda e interessante para o jogador.
Viver uma aventura no papel de Zelda sempre foi algo solicitado pelos fãs e largar a espada e o escudo por um momento foi um frescor que a franquia 2D de visão isométrica precisava.
PONTOS POSITIVOS
Variedades de ecos úteis e divertidos
Desenho de ambiente e masmorras
Missões secundárias
Mapa rico para explorar
PONTOS NEGATIVOS
Quedas de quadro constante
Algumas músicas incomodam
Falta do uso de vibração
NOTA
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