ANÁLISE: Donkey Kong Country Returns HD
DIGPLAY
1/27/2025
Inicialmente lançado para o Nintendo Wii e com uma versão para o Nintendo 3DS, Donkey Kong Country Returns ganha uma nova versão remasterizada para o Nintendo Switch pela primeira vez com os visuais reformulados e em alta resolução.


DADOS GERAIS
Data de lançamento: 16/01/2025
Espaço: 8,3 GB
Preço: R$ 299 (digital)
Não está em português
Originalmente desenvolvido pela Retro Studios, essa versão do jogo foi feita pela Forever Entertainment, estúdio que já remasterizou e publicou diversos jogos para o Nintendo Switch, como os remakes de Front Mission, The House of the Dead e Panzer Dragoon.
CONFUSÃO NA FLORESTA
Uma grande erupção ocorre no vulcão da Ilha Kong e criaturas misteriosas chamadas de Tikis, integrantes da tribo Tiki Tak, saem da lava e começam a tocar uma música que hipnotiza os animais da floresta. Uma vez hipnotizados, os animais começam a roubar o estoque de bananas de Donkey e Diddy Kong. Ao perceber o ocorrido, os protagonistas ficam espantados e logo um Tiki vem para perto de Donkey Kong e tenta o hipnotizar. Imune aos poderes de dominação da tribo Tiki Tak, o gorila desce o sopapo no inimigo e a aventura começa em busca das bananas roubadas.




EM BUSCA DAS AMADAS BANANAS
Donkey Kong e Diddy Kong são os personagens jogáveis nesse jogo. Quando jogado apenas com um jogador, Diddy sempre vai as costas de Donkey. Já quando jogado de dois (apenas de forma local, não há suporte a jogatina online), cada um controla um Kong.
Se tratando de jogabilidade, Donkey Kong é o personagem mais forte, porém pesado. Ele pode pular, dar tapas no chão, rolar, agarrar coisas e assoprar. Por sua vez, Diddy Kong é mais leve e além de pular, agarrar e assoprar como comandos em comum com o gorila, ele possui uma mochila com um jato que concede alguns segundos planando no ar e em vez de tapas no chão, ele atira bananas de uma pistolinha de madeira. Quando Diddy está nas costas de Donkey, o poder de jato serve para os dois e os demais comandos são os de Donkey Kong.
Eu diria que a forma mais divertida de jogar Donkey Kong Country Returns é cooperativo com duas pessoas, cada uma controlando um Kong. O ideal é deixar Donkey na mão do jogador mais experiente, já que ele é mais pesado e exige mais precisão em seus pulos. Foi desta forma que finalizei o jogo original no Nintendo Wii junto com a minha esposa, diferente desta versão do Nintendo Switch que joguei toda sozinho. Puxando esse gancho de jogar solo, para mim fez muita falta uma opção de poder jogar com um dos KONGs de forma separada, igual nos jogos clássicos de Super Nintendo.




No decorrer da aventura, os Kongs passam por oito mundos diferentes, cada um com uma temática (floresta, gelo, fábrica, vulcão, etc) e diversas fases no estilo jogo plataforma 2D, em visão lateral. O jogo é completamente focado em desafios de plataforma e com uma dificuldade elevada comparado com outros jogos de plataforma do mercado, como Super Mario Bros. Wonder, por exemplo.
Se tratando da diversidade de gameplay, há uma enorme variedade de fases e desafios, como se pendurar em cipós, voar em um barril-foguete, deslizar nos trilhos dos carrinhos de mina, montar no animal parceiro Rambi e lutas contra chefes ao final de cada mundo (que são excelentes, por sinal).
A cada nova fase (e dependendo da temática do mundo presente) novas mecânicas são implementadas que surpreendem o jogador positivamente.
Falando da jogabilidade, ela é super refinada e muito melhor que a do jogo original de Wii. Devido ao Wii Remote, alguns comandos ficavam mais difíceis de serem aplicados, como rolar com os Kongs ou assoprar, que dependia do 'chacoalhar' do Wii Remote para ter sucesso no comando executado.
Para os jogadores de longa data, alguns elementos ausentes chamam a atenção e fazem muita falta, como variedade de animais amigos (só tem o Rambi) e fases aquáticas (que são inexistentes nesse jogo).




É UMA VERSÃO HD OU REMASTER?
Embora carregue 'HD' no nome, Donkey Kong Country Returns para Nintendo Switch é uma versão completamente remasterizada. A resolução está no máximo que o console consegue fazer (1080p na dock e 720p no portátil) e roda majoritariamente em 60fps, sem quedas bruscas ou constantes.
Praticamente todas as texturas foram melhoradas ou mudadas, para dar definição e vida a esta nova versão do jogo. Se tratando de mudanças artísticas, a versão do Nintendo Switch está muito mais colorida e com uma tonalidade mais quente que a versão original de Wii.
Embora em um geral tenha ficado muito mais bonito, alguns efeitos da versão original do jogo ficaram diferentes ou ausentes, como o pôr do sol na fase clássica, alguns projéteis, a água ou alguns efeitos de reflexão, sombreamento e distância de elementos ao fundo do cenário. Mesmo com esses elementos diferente ou faltantes, eu considero uma remasterização muito bem feita e que cumpre o seu papel de modernizar para um console atual um jogo que nunca havia tido uma versão em HD.
Caso deseje ver uma comparação gráfica em vídeo do jogo original do Nintendo Wii e a versão do Nintendo Switch, clique aqui.




CONTEÚDO PARA TODOS OS GOSTOS
Donkey Kong Country Returns HD possuí 9 mundos (8 tradicionais + 1 secreto) e um total de 80 fases, incluindo as novas criadas exclusivas para a versão do Nintendo 3DS.
Para quem é colecionista, o jogo dispõe de dois tipos de colecionáveis principais: As tradicionais letras KONG, que servem para desbloquear uma fase extra por mundo e o mundo extra ao final do jogo, e peças de quebra-cabeças, que servem para desbloquear imagens e conteúdos adicionais no menu de galeria do jogo. Além disso, como conteúdo extra para quem gosta de se desafiar, toda fase tem um modo 'corrida contra o tempo', que define a sua performance em insígnias de bronze, prata ou ouro. Um ponto importante a ressaltar é: A dificuldade do jogo aumenta consideravelmente caso deseje coletar tudo que tem na fase.
Eu levei pouco mais de 10 horas para finalizar o jogo pegando todas as letras KONG e passando de todas as fases extras de cada mundo, porém não iniciei o mundo extra ao escrever essa análise (embora já o tenha jogado e finalizado na versão do Nintendo Wii). Morri diversas vezes no caminho, principalmente nos mundos finais, então prepare-se para um verdadeiro desafio.
Porém, nesta versão do Nintendo Switch existe o 'modo moderno', que Donkey Kong possui mais corações de início e uma diversidade de itens na lojinha do Crank Kong que torna a aventura mais facilitada e adaptada para quem ainda não possui habilidade suficiente para embarcar nessa aventura.




CONCLUSÃO
Donkey Kong Country Returns HD ainda é um jogo bem atual, que agrada os fãs da franquia e quem gosta de um jogo bem desafiador de plataforma. Fases criativas, jogabilidade afiada e visuais remasterizados que saltam aos olhos são bons atributos da nova versão do jogo, porém o pouco adicional da versão original e ausência de elementos da trilogia de Super Nintendo pode deixar os fãs mais assíduos com um pequeno gosto amargo.
Além disso, é impossível não comparar este jogo com o já lançado no console Donkey Kong Country Tropical Freeze, que em termos de fases, conteúdo, personagens e jogabilidade é bem superior ao Returns e custa o mesmo preço.
Importante ressaltar que o jogo não conta com o idioma Português. Embora quase não haja texto no jogo e isso não atrapalhe a jogatina como um todo, isso é um adicional que deixa mais salgado o preço final para os brasileiros.
PONTOS POSITIVOS
Boa remasterização
Melhor jogabilidade
Jogo ainda é atual
Diversão e desafio
PONTOS NEGATIVOS
Pouco adicional da versão original
Ausência de animais e fases aquáticas
Não está em português
Preço de jogo novo
NOTA



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